Este projeto propõe a implementação do primeiro programa nacional de pesquisa da  criosfera (a massa de neve e gelo da Terra). O Instituto Nacional de Ciência da Criosfera (INCC) integrará sete laboratórios associados dedicados ao estudos da variabilidade de diferentes componentes da massa de gelo planetária (gelo marinho antártico, geleiras e o manto de gelo antártico, geleiras andinas, permafrost) e sua resposta a mudanças climáticas. Parte dos subprojetos dedicará recursos para modelagem numérica das inter-relações no sistema criosfera-oceano-atmosfera no presente e no passado recente (até o Último Máximo Glacial) para testar a sensibilidade do clima brasileiro, por exemplo, à variabilidade na extensão do mar congelado austral (variação sazonal entre 1,9 e 19 milhões de quilômetros quadrados). O programa inclui ainda a complementação de um laboratório dedicado à análise e interpretação de testemunhos de sondagem de gelo e à montagem de um centro nacional de monitoramento da criosfera. Este último atuará com assessor diante instituições nacionais envolvidas com a questão do meio ambiente e mudanças do clima, principalmente sobre o impacto do derretimento de parte da criosfera para o nível médio dos mares. O programa desenvolverá rotinas para o uso de imagens do sistema CBERS para a pesquisa glaciológica sul-americana. Finalmente, a ação permitirá a realização de pesquisas do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) no interior daquele continente.
O INCC terá sua coordenação no Centro Polar e Climático (CPC) do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e será localizado em prédio construído especialmente para esta ação e com recursos já existentes (CTINFRA). Os seis laboratórios associados estão assim definidos: Grupo de pesquisa sobre o Oceano Austral e o Gelo Marinho, Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG); o Centro de Estudos de Interações Oceano-Atmosfera-Criosfera do Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Santa Maria, RS; o Laboratório de Oceanografia, Clima e Criosfera do Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP; o Centro de Biogeoquímica Polar e Subtropical da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ; o Laboratório de Geofísica de Geleiras do Observatório Nacional (ON), Rio de Janeiro, RJ; o 
Centro TERRANTAR: Permafrost-Criossolos-Ecossistemas Terrestres e mudanças climáticas na Antártica, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, MG. O CPC envolverá 147 pesquisadores, colaboradores e alunos, dos quais 81 são doutores, de 20 instituições nacionais de pesquisa e 19 internacionais. 
O programa de formação formal (pós-graduações) focará a questão das interrelações entre as regiões polares e o ambiente brasileiro, explorando os processos acoplados do sistema atmosfera-oceano-criosfera. No caso da ciência glaciológica, a meta é duplicar o número de doutores brasileiros em 5 anos. O programa de educação em ciência do INCC incluirá o desenvolvimento de módulos de e-Learning de acesso livre, cursos de curta duração sobre as regiões polares para professores do Ensino Médio e o desenvolvimento de sites de divulgação pela Internet.
A proposta atende prioridade estratégica do plano de metas do Ministério da Ciência e Tecnologia (Ação 14.4 - C, T & I na Antártica), especificamente para atingir as seguintes metas: (a) apoio às atividades de processamento, análise e síntese de dados de correntes da pesquisa realizados durante o Ano Polar Internacional (API); (b) implementação de uma redede monitoramento atmosférico, oceânico e criosférico; (c) modernização de laboratórios  científicos voltados à ciência antártica. A agenda científica da proposta também contribui para outras ações para a questão do clima, como a Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas (Rede CLIMA) estabelecida pelo CNPq.

PosterINCT

Relatório de Atividades 2010

Projeto INCT-Criosfera 2008

 

Implementar programa nacional de pesquisa da criosfera (a massa de neve e gelo da Terra). O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera integrará sete laboratórios associados dedicados ao estudos da variabilidade de diferentes componentes da massa de gelo planetária (gelo marinho antártico, geleiras e o manto de gelo antártico, geleiras andinas, permafrost) e sua resposta a mudanças climáticas. O programa inclui a montagem de um laboratório nacional para análise e interpretação de testemunhos de sondagem de gelo e do centro nacional de monitoramento da criosfera (principalmente para avaliar o impacto do derretimento de parte da criosfera para o nível médio dos mares)